sexta-feira, 30 de julho de 2010

MOSTRA VIDEO INDIO BRASIL 2010 TABATINGA

VÍDEO ÍNDIO BRASIL 2010 - MOSTRA
NACIONAL
DATA TÍTULOS/SINOPSES

Abertura –
31 de julho de 2010
(Sábado)

1 – “Já me transformei em imagem”
Direção: Zezinho Yube / Vídeo nas Aldeias / 2008 / 32 min. / AC - Hunikui
(Kaxinawá) / Livre
Sinopse: Comentários sobre a história de um povo, feito pelos realizadores dos
filmes e por seus personagens. Do tempo do contato, passando pelo cativeiro nos
seringais, até o trabalho atual com o vídeo, os depoimentos dão sentido ao
processo de dispersão, perda e reencontro vividos pelos Huni kui.

2 – “De volta à terra boa”
Direção: Vincent Carelli / Vídeo nas Aldeias / 2008 / 21min. / MT - Panará /
Livre
Sinopse: Homens e mulheres Panará narram a trajetória de desterro e reencontro
de seu povo com seu território original, desde o primeiro contato com o homem
branco, em 1973, passando pelo exílio no Parque do Xingu, até a luta e
reconquista da posse de suas terras.


Palestra de abertura Rafael Pessoa

01 de agosto de 2010
(Domingo)

3 – “Corumbiara”
Direção: Vincent Carelli / Vídeo nas Aldeias / 2009 / 117 min. / RO -
Akuntsu e Kanoê / Livre
Sinopse: Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios
na Gleba Corumbiara (RO) e Vincent Carelli filma o que resta das evidências.
Bárbaro demais, o caso passa por fantasia e cai no esquecimento. Marcelo e sua
equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois,
“Corumbiara” revela essa busca e a versão dos índios.

4 – “Kuhi ikugü, os Kuikuro se apresentam”
Direção: Coletivo Kuikuro de Cinema / Vídeo nas Aldeias / 2007 / 7 min. / MT -
Kuikuro / Livre
Sinopse: Os Kuikuro apresentam sua história, desde seus antepassados, passando
pelos conflitos com os brancos até as mudanças de suas vidas no mundo
contemporâneo.

Palestra. Responsável da FUNAI pela frente de proteção ambiental Vale do Javari


02 de agosto de 2010
(Segunda-feira)

5 – “Pi’õnhitsi, mulheres Xavante sem nome”
Direção: Divino Tserewahú / Vídeo nas Aldeias / 2009 / 56 min. / MT - Xavante /
Livre
Sinopse: Desde 2002, Divino Tserewahú tenta produzir um filme sobre o ritual de
iniciação feminino, que já não se pratica em nenhuma outra aldeia Xavante, mas
desde o começo das filmagens todas as tentativas foram interrompidas. No filme,
jovens e velhos debatem sobre as dificuldades e resistências para a realização
desta festa.

6 – “Pajerama”
Direção: Leonardo Cadaval / 2008 / 9 min. / SP - Animação / Livre
Sinopse: Um índio é pego numa torrente de experiências estranhas, que revelam
mistérios de tempo e espaço.

03 de agosto de 2010
(Terça-feira)

7 – “Porahey”
Direção: Alunos da Oficina do projeto Ava Marandu / 2010 / 27'33'' / MS –
Guarani / Livre
Sinopse: Registro sensível de histórias, sons e maneiras de fazer que alimentam o
imaginário e cotidiano de um povo. Em outras palavras, são recortes do
“universo” dos Guarani da aldeia Te'ýikue .

8 – “Imbé gikegü - cheiro de pequi”
Direção: Tarumã e Maricá Kuikuro / Vídeo nas Aldeias / 2006 / 36min. / MT -
Kuikuro / Livre
Sinopse: É tempo de festa e alegria no Alto Xingu. A estação seca está chegando
ao fim. O cheiro de chão molhado mistura-se ao doce perfume de pequi. Mas nem
sempre foi assim: se não fosse por uma morte, o pequi talvez jamais fosse real.
Ligando o passado ao presente, os realizadores kuikuro contam uma história de
perigos e prazeres, de sexo e traição, onde homens e mulheres, beija-flores e
jacarés constroem um mundo comum.

Palestra CTI

04 de agosto de 2010
(Quarta-feira)

9 – “Mokoi tekoá petei jeguatá - duas aldeias, uma caminhada”
Direção: Ariel Ortega, Jorge Morinico e Germano Benites / Vídeo nas Aldeias /
2008 / 63min. / RS - Guarani-Mbya / Livre
Sinopse: Sem matas para caçar e sem terras para plantar, os Mbya-Guarani
dependem da venda do seu artesanato para sobreviver. Três jovens Guarani
acompanham o dia-a-dia de duas comunidades unidas pela mesma história, do
primeiro contato com os europeus até o intenso convívio com os brancos de hoje.

10 – “Kré”
Direção: Francele Cocco / 2009 / 8 min / RS – Kaigang / Livre
Sinopse: Dona Natália, índia moradora da reserva da Serrinha, explica a
confecção de cestos e balaios kaigang, desde a extração da matéria prima, até a
comercialização nas cidades do RS e SC.

05 de agosto de 2010
(Quinta-feira)
11 – “Kene Yuxi, as voltas do kene”
Direção: Zezinho Yube / 2010 / 48min. / AC - Hunikui (Kaxinawá)
Sinopse: Ao tentar reverter o abandono das tradições do seu povo e seguindo as
pesquisas do seu pai, o professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre
atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui
auxiliado por sua mãe.

12 – “Indígenas digitais”
Direção: Sebastian Gerlic / 2010 / 26 min. / BA - Tupinambá (BA), a Pataxó
Hahahãe (BA), Kariri-Xocó (AL), a Pankararu (PE), Potiguara (PB), Makuxi
(RR) e Bakairi (MT) / Livre
Sinopse: Representantes de várias etnias relatam como celulares, câmeras
fotográficas, filmadoras, computadores e, principalmente, a internet vêm sendo
ferramentas importantes na busca das melhorias para as comunidades indígenas e
nas relações destas com o mundo globalizado.

06 de agosto de 2010
(Sexta-feira)
13 – “A gente luta, mas come fruta” / Vídeo nas Aldeias (PE) / 2006 / 40min. /
AC - Ashaninka / Livre
Diretor: Valdete Pinhanta e Issac Pinhanta
Sinopse: O manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka da aldeia APIWTXA
no rio Amônia, Acre. No filme eles registram, por um lado, seu trabalho para
recuperar os recursos da sua reserva e repovoar seus rios e suas matas com
espécies nativas, e por outro, sua luta contra os madeireiros que invadem sua
área na fronteira com o Peru.

Palestra de Rafael Pessoa

07 de agosto de 2010
(Sábado)
Encerramento

14 – “Terra vermelha”
Direção: Marcos Bechis /2008 / 1h48min
Sinopse: O suicídio de duas meninas Guarani-Kaiowá desperta a comunidade
para a necessidade de resgatar suas próprias origens, perdidas pela interferência
do homem branco. Um dos motivos do desaparecimento gradual da cultura reside
no conflito gerado pela disputa de terras entre a comunidade indígena e os
fazendeiros da região. Para os Kaiowá, essas terras representam um verdadeiro
patrimônio espiritual e a separação que sofreram desse espaço é a causa dos
males que os rodeia.
Elenco: Matheus Nachtergaele (Dimas), Cláudio Santamaría (Roberto), Alicelia
Baptista (Lia), Chiara Caselli (Beatrice), Abrisio Da Silva Pedro (Osvaldo),
Ademilson Concianza Verga (Ireneu), Ambrósio Vilhalva (Nadio), Fabiane
Pereira Da Silva (Maria), Eliane Juca Da Silva (Mami) e Leonardo Medeiros
(Lucas Moreira).

Palestra de Rafael Pessoa encerramento

Um ano de publicação!!!!!!!!!!!


"Ainda que os braços do teu inimigo pareçam tão fortes como as asas de moinhos, resiste companheiro! Ainda que a noite seja tão tensa de escuridão, resiste companheiro! E tu verás a claridão da madrugada chegar." Thiago de Mello
Leitores de nossa coluna Índios do Nosso Tempo, começo aqui com essa forte citação de uma grande e engajado artista/poeta amazonense para brindar vocês, pois estamos fazendo um ano de publicações no Jornal Solimões (e no blog também).
Parabéns ao Jornal por estar investindo, acreditando e sempre com o espaço aberto para o dialogo, foram ate agora mais de 12 textos versando sobre diversos assuntos culturais, apontamos sobre genocídio, infanticio, Ministério da Cultura, Editais para projetos culturais, eventos, entre tantos outros.
É verdade também que foram poucas as contribuições, mas aos que vem contribuindo trouxeram grandes contribuições, como os relatos do jornalista Murilo Marques (companheiro de Minha cidade Natal, da minha aldeia Global- Niterói. ‘água escondida’, tradução do nome em Tupi-Guarani) que relata e mantém informações sobre a situação em Brasília, os indígenas da T.I.V.J. com quem venho dividindo a luta diária, Barbara Arisi e Cristian Martins (ambos companheiros de trabalho).
Mas quem se interessa por essas histórias contadas aqui? Que histórias queremos repetir para nossos filhos? Estamos dispostos a entregar? A troco de que? E sobre o acampamento Indígena na esplanada dos Ministérios em Brasília, vocês sabem? E Belo Monte?
Para saber mais vejam:
http://acampamentorevolucionarioindigena.blogspot.com/2010/06/as-11-reivindicacoes-do-acampamento.html
http://www.youtube.com/watch?v=ZmOozYXozb8
Você precisa de alguém que te de segurança se não você dança, dança, dança. Se o plano de Progresso que esta em andamento não for reformulado, se não criarmos alternativas para geração de energia, que não este baseada em ‘predação’ ao ambiente (como na proposta de Belo Monte- já vista em outros fracassados projetos, seja na geração atual de energia com as Termodinâmicas na Amazônia, ou seja, queimando óleo negro, diesel, petróleo ou destruindo toda a natureza, e nós os humanos). Dialoguemos...
Nossa atividade por esses dias contou com a participação da Fundação Nacional de Arte, representada na Sra. Mirian Lott, coordenadora regional da Funarte Minas Gerais, apresentando e dialogando com diversos interessados locais em produzir cultura na região do Alto Solimões, falou sobre o edital Micro-projetos região Amazônica, (que por essas datas já esta em fase de seleção fiquemos atentos ao site www.funarte.gov.br).
Foram três reuniões: no auditório da Universidade Estadual da Amazônia - UEA, em Tabatinga; Benjamin na Biblioteca Municipal (que apesar do esforços não confirmou a disponibilidade pra o evento nacional, Vídeo Índio Brasil 2010); e se comoveu na reunião na casa das artes dos povos do javari, também conhecida como ‘ a casa do buraco’ (agradeço a Câmara de Atalaia e a Discente do INC, Nelly Marubo que articulou localmente a reunião). Ouviu do interesse de muitos indígenas em participar em poder realizar projetos em sua comunidade, e também da tristeza, incertezas e insegurança que ronda o dia-a-dia desses povos indígenas. Pode levar uma breve carta apontando as mazelas como a precária relação assistencial a saúde, a falta de informação com relação a um ‘cenozóico’ exame de hepatite feito pela então extinta Funasa (que afinal alguém sabe por onde anda a nova secretária de saúde dos povos indígenas?), e tantas outras preocupações que os índios do nosso tempo têm que estar com suas flechas, mentes, potes, e zarabatanas apontadas. Pois é vida de índio se um dia foi,... deixou de ser já há muito (500 anos pra mais) rede, abundancia e ‘o paraíso na terra’.
Por aqui teremos uma mostra de filmes durante uma semana (31 de Julho a 07 de agosto), debates sobre cultura, cultura indígena, produção de conhecimento dialogo e construção de rede para melhorias e reconhecimento das riquezas não apenas naturais, mas sobre tudo culturais da região. E o Vídeo Índio Brasil! Serão mais de 100 cidades em todos os estados brasileiros participando deste evento simultaneamente. Um país inteiro durante uma semana aprendendo um pouco mais sobre a cultura indígena, valorizando nossas raízes, enriquecendo com o conhecimento tradicional milenar indígena, expandindo nossa consciência para um Brasil mais democrático, justo e inclusivo.

"... Pela tua vida eterna, te prometemos trabalhar. Com toda perseverança, pela necessária mudança, de tudo que é preciso mudar. Cada um na sua vez, e cada qual no seu lugar".
Para terminarmos mais um pouco de T. Mello, ate o próximo! Sigam o blog contribuam, este espaço também é seu!

sábado, 17 de julho de 2010

vejam estes vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=ZmOozYXozb8